Descobridora dos sete mares…

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Adoro o novo! Estou sempre buscando uma novidade – em tecnologia, em sabores, em lugares, em mim… Por exemplo, descobri, recentemente, uma nova onda (ou seria um mar?): a culinária. Tenho viajado em farinha e maionese! Pé na jaca, então, virou arroz com feijão. Percebe como é fácil mesclar sabores e palavras? Qualquer que seja seu paladar, tem pra todos os gostos. O blog é mais um ‘novo’!

Mas o blog não é sobre comida. Nem culinária. Mas é sobre receitas. Destas que podem provocar um riso frouxo ou uma ‘puxadinha’ no canto dos lábios!  Receitas de como rir de nós mesmos e dos outros, claro! Mas o bom riso! Não ofensivo. Riso, ele mesmo, simples.

É um pouco de mim, por mim. Nada democrático porém longe do Chavismo. Ou melhor, pode ser perto se estivermos falando não daquele Chaves, mas ‘da’ chave – a chave de nossa felicidade.

É tanto mar e tanta onda que podemos nos perder no ir e vir. Como Capitu em Dom Casmurro. Ou Cabral, no caminho das índias. Então, mapas nas mãos…. Ou das mãos. Tanto faz! Cabral que me desculpe, mas eu quero é navegar!!

A verdade de cada um

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Ouvi esta semana, o Ministro Luiz Fux, do STF e do TSE, proferindo a seguinte frase: “a defesa é a verdade dos acusados, a promotoria é a verdade dos acusadores e a sentença é a verdade do juiz!”. À parte o cunho político da sentença – cujo foro de discussão não é este espaço – a afirmação é brilhante: cada um tem sua própria verdade!!

Vou repetir porque é de uma complexidade e, ao mesmo tempo, tão simples que é chocante: Cada um tem sua própria verdade! Confesso que estou perplexa porque sempre achei que a minha verdade era universal. Adaptável à Roma, Rússia ou qualquer lugar de roaming internacional. Descobrir que, independente da minha verdade, há outras e elas são individuais foi um vácuo no peito. Destes que falta o ar e a respiração não vence!

Passado o susto, refleti e…é verdade! Cada um tem sua própria verdade. Não importa se reta, direta. Torta e sinuosa. O que minha verdade faz por mim não deve fazer, ou melhor, não necessariamente faz por você ou por qualquer outro você.

Minha verdade me faz persistir, discutir, pelejar… Minha verdade me traz firmeza, crista alta, queixo duro. Mas, na mesma via, minha verdade me faz reconhecer limitações, minhas pequenices ou pequenezas. Faz que com que sonhe e com que realize. Permite acreditar e duvidar. Mas tudo na relatividade do próximo. Do outro. Minha crença com a fé do outro. Minha dúvida com o sonho de alguém.

O cruzamento das verdades pode ser embate. Pode ser um grande julgamento, com defesa e acusação e sem nenhum veredito. Ao contrário do que acontece numa corte, não há um juiz. Nem setença. O cruzamento das verdades não dá maior razão a uma parte. Nem tem benefício da dúvida. Não há um corpo de jurados.

A sua verdade é diferente da minha. Entretanto, a verdade do meu azul não diminui a verdade do seu amarelo. Sua verdade não me faz infeliz. Nem mais feliz.

O bom da verdade é que é posicionamento – é como você encara a vida. A descoberta da verdade do outro não invalida seu posicionamento. Nem desorganiza seu caminho.

As verdades diferentes acrescentam nuances. Me azul, seu amarelo. Nosso verde. Verdades cruzadas podem ser verdades acrescentadas. Minha verdade e sua verdade preservadas, podem virar nossa verdade.

E assim vamos colorindo a vida… com verdades individuais, coletivamente! E assim, salvamos o mundo… porque o Brasil, a gente deixa nas mãos dos Ministros.

#verdade #vida #individual #coletivo #posicionamento #vida

credito: revistajvm.com.br

Eu voltei…

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Depois da chuva, estou de volta! Depois do verão, ah, o verão!, volto! A desculpa do sumiço poderia ser qualquer uma. Iguais as de resoluções de ano novo, que nunca se confirmam mas vem revestidas de grandissíssimas desculpas. Esfarrapadas. Preguiçosas. Mas, ainda sim, desculpas.

Melhor do que a desculpa do sumiço, é a razão para a volta. Volto porque sinto falta. Não de leitores ( se bem que leitores fazem bem enorme para o ego pseudo literário!), mas de conversar comigo mesmo. De expor minhas ideias em palavras. Volto porque tenho saudades dos meus breves interludios. Sem sentido, com sentido. Com julgamento, sem. Saudades de ter razões que a própria razão desconhece. Saudades de soltar minha voz, meus gritos, no silêncio do teclado. Saudades de mim.

Então, como diria Chico.. manda botar água no feijão porque eu tô voltando!

#voltei #saudade #aguanofeijao #sentirfalta

credito: mundoovo.com.br

Todo mundo tem seu poço!

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Se cada tampa tem sua panela, cada um tem seu poço. O bom do conjunto é a parceria. Tampa e panela fazem um sucesso juntas. Porém, dá pra ter individualidade: podemos usar panelas sem as tampas – continuam sendo úteis. Mas poço é muito egoísta: porque além de ser feito pra cada um, também só cabe um.

Dúvido alguém dizer que está no fundo do poço de outro. Se estiver… errou de lugar. Tem um poço só seu, esperando pra ser ocupado.

Cada poço uma história. Claro que o meu é o mais fundo e tenebroso do mundo. Porque nele se encontram todas as minhas fustrações, angústias, medos. É nele que a solidão me toma, me aprisiona e me pesa a alma. Como eu sei? Já estive lá.

A sensação, no início é de torpor. Quase como uma alucinação decorrente do uso de entorpecentes. Você não tem certeza de que é verdade. Não sabe se realmente é um poço e se está no fundo. Você começa a cavar, acreditando que haverá uma outra saída. E fica mais no fundo, cada vez mais sombrio e não aparece nenhuma outra saída.

Quando você se cansa, quando já está sem forças e o efeito alucinógeno passa, você se desespera.

Daí, com dores que você nem imaginava poder sentir, com sangue escorrendo como lágrimas do seu coração, você olha pra cima.

Ao olhar para cima, você, finalmente, se dá conta de que está no fundo do seu poço. E fica lá, incrédulo, sofrido, tentando entender como foi parar lá. E começa o festival de culpas e desculpas. O mundo contra você. Você contra todos. Uma luta sem precedentes acontece. E, como toda luta solitária, não há vencedores e somente um único perdedor: você mesmo.

Então, se sentido um derrotado, e sentido nada, você olha novamente para cima. E descobre a luz. Encoberta por alguma coisa que não sabe reconhecer dado à escuridão da sua vida no momento.

Aos poucos, o olhos clareiam e você enxegar sua família, seus amigos. Descobre que a sombra é feita pelo amor deles. Na borda do poço, estão todos. Buscando uma forma de lhe salvar de você mesmo.

E lentamente você descobre que o poço não era tão fundo. Que o frio nem era tão forte. E que a dor, com um pouco de paciência e carinho, vai passar.

E como num sonho ruim, você acorda. Assustado. Ofegante. Um pouco perdido. Levanta, lava o rosto e vai tomar o café.

E descobre que, se cada um tem seu poço, toda tampa tem sua panela. E, mesmo que provisórias – às vezes – tem um montão de tampas para cobrir sua panela.

E, segue em frente….

crédito: luciana Cecchi

A maternidade amadureceu! Finalmente, outono.

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Sempre que pensamos em maternidade, em mães, há um entendimento imediato de que as mães, por natureza, já nascem maduras. Para o resto dos mortais – infância, adolescência e maturidade. Para as mães, maturidade direto.

Mães não podem engatinhar, nem perder o equilíbrio quando andam. Não tem modedor para acalmar a dor do dente nascendo e nem um processo natural de tirar a fralda. Nada disso: nasceu um filho, nasceu uma mãe. A diferença é que a mãe nasce criada. Ou, pelo menos, é assim que se pensa. Uma mãe nasce ‘mãe’.

Mãe tem que, obrigatoriamente, ter resposta. Tem que saber o remédio da febre, da dor de barriga. Tem que saber ministrar o remédio. Tem que saber se o choro é de fome, de dor ou, se é choro mesmo, se não é manha.

Mãe tem que cuidar do cachorro, do gato e do passarinho. Tem que saber álgebra e revolução francesa. Tem que saber tabuada e objeto direto.

Maternidade já é curva descendente. Ninguém fala ‘quando você for mãe por 15 anos, vai entender que a juventude é irresponsavelmente ousada’. Não. Ninguém considera um mãe como uma criança ou adolescente na ‘função’. Mães já nascem criadas.

E mães, quando envelhecem, tornam-se avós – ou seja, mãe duas vezes. E, novamente, nada de lambuja. Nada de período de experiência. Vó é mãe que já nasce velha. E criada.

Mãe é mãe de filho, de afilhado, Mãe de genro e nora. De sobrinhos. Mãe de vizinho, de amigos do filho. É mãe de enteados. É mãe de marido. E, às vezes, é mãe de mãe.

Eu sou mãe há 15 anos. Não trocaria a experiência por nada neste mundo. Nem mesmo pela megasena da virada!! E olha que a megasena da virada é tipo um objetivo a ser alcançado. Falta só jogar. Mas com fé, eu consigo. E com esta mesma fé, vou sendo mãe. Sim, porque nada é mais reconfortante do que a fé. Imaginar e acreditar que há alguém ouvindo, cuidando é tudo que uma mãe precisa.

Com 15 anos de maternidade, ainda sou mãe adolescente. Sem as espinhas e hormônios. Mas com o mesmo mau humor!! Mas a maternidade tem um relógio próprio. Ainda que adolescente, já posso sentir um desejo de neto. Bem lá no fundo, já me vejo com crias novas! Longe, ainda, mas já tem cheiro de vó em meu coração. E daí acredito que este cheiro só pode significar uma coisa: a maternidade amadureceu! Finalmente, outono maternal!!

#mae #maternidade #diadasmaes #outono #coração #amor #amordemae

fonte: pt.dreamstime.com

Sou “X” e meu filho é “Y”, por Frank Sinatra

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Adoro a criatividade cartesiana dos cientistas! Nada supera a capacidade que eles tem de criar rótulos e etiquetas. Eu, sou “X” – nasci após o ‘baby boom’ e antes de 1980. Meu filho, é Y!! Nasceu nos anos 2000, com um Ipad na mão e Wi-Fi de fábrica!!

Eu tenho quase 50 e ele, pouco mais de uma dúzia. Ele é raio e eu sou diâmetro. Ele é raíz e eu sou quadrada… Enfim, não importa que conta façamos, não conseguimos zerar. Nossa relação é sempre dízima. Algumas vezes, periódica; outras, nem tanto….

Não se trata de amor, certamente. Temos de sobra. Também não quero creditar à diferença de idade o abismo de interesses que nos separa. Não sou velhota. Navego, curto, posto…. Entendo ‘GIF’, Noobs. Boys e Gatas Magia. Compreendo “Mitou”…. Enfim, dou meus pulos. Vou me virando, me adaptando. Aprendendo. Não mando nudes, mas isso não tem a ver com a idade… Acredito. Quer dizer, imagino.

E todo este meu aparato tecnológico não me aproxima do Y. Não há meios do meu X alcançar o Y dele. Poderia ser pela altura – mas não é. Só se for pela altura da ‘vergonha’ que este Y tem de sua X. Até que Xis é um bom nick (tá vendo, super adaptada!!!). Simples, curto. Monossílabo. Já Ipsilone é um pouco mais complexo. Polissílabo. Consoante muda sem ser agá!! Combina bem. No mínimo, explica bem. Quem, aos 50, imaginou que um carro poderia ser flex e ‘i’? Quem aos 14, imagina um carro que não é flex, ‘i’, elétrico, …? Talvez esta seja a diferença – a velocidade do mundo, das suas coisas. Talvez nem mesmo haja abismo ou diferenças. Talvez seja a falta de pontos conectores. Talvez nos faltem interesses comuns abordados pelo mesmo prisma, olhados pela mesma janela. Talvez nos falte uma senha única de acesso aos assuntos comuns.

Talvez não falte nada. Talvez seja o direito de cada um ser Xis ou Ipsilone do modo que melhor lhe fizer sorrir sendo exercido.

Não sei dizer. O que posso afirmar é que meu Ipsilone ama Frank Sinatra. Sim!! Ele mesmo, o próprio: Sinatra!!  E eu também adoro Sinatra. E nada mais conectante que uma boa música. Nada aproxima mais um Xis e um Ipsilone do que uma melodia harmoniosa. Ainda que esta música tenha em seu principal verso ‘I did it my way!!!’ – que é a síntese perfeita da individualidade de todo o alfabeto!!! Hello, Frank! Por favor, seja nosso verbo de ligação!

#franksinatra #myway #musica #geracaox #geracaoy #xis #ipsilone #conectado #filho

Foto: capsulacriativa.wordpress.com

Meu pequeno grande homem – sobre elefantes e o amor

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Não posso dizer que meu filho é um ‘pequeno búlgaro’, como Diogo Mainardi – por quem, somente para esclarecer, nutro um profundo e admirável respeito. Mas posso dizer que meu filho, na sabedoria de seus 13 adolescentes anos, é um pequeno grande homem.

No universo materno, porque quem tem filhos sabe que este é o nosso universo, estou sempre às voltas com buracos negros, estrelas – cadentes ou não -, vias não tão lácteas. Enfim, luas em volta de um único planeta  ou sol chamado filho.

Pois bem, queria dividir um pouco da minha breve experiência materna. Meu filho quer ser político. Sim, político. Poderia ser médico, artista plástico, advogado, contador, …. mas quer ser político. Estuda em um escola de primeira linha – a despeito da dificuldade financeira, tento mantê-lo em uma escola de primeira linha – muito mais pelo ‘entorno’ da convivência do que pelo conteúdo pedagógico. Estuda lá desde sempre. Mais uns anos e, certamente, seria considerado ativo fixo. Com direito a plaquinha com número. Mas, neste ano, tenho tido dúvidas sobre a escola.

Pedimos bolsa de estudo – não integral – somente dentro de um valor que não precise vender a alma para pagar. Mas a escola não concedeu. Direito da escola. A escola quer fazer ídolos, heróis do vestibular. Meu filho quer fazer casas de graça para quem não tem onde morar.

Tenho que comprar novos uniformes, porque aos 13 anos, eles não crescem – esticam como elásticos. Homens elásticos. Sou obrigada a comprar na loja da escola. Uma camiseta e uma calça equivalem a 1/3 do salário mínimo. A escola alega que é por segurança. Meu filho quer que segurança independa de uniformes. Segurança deve ser um estado de espírito e de direito. Segurança deve ser sentimento. Não um uniforme.

A escola tem livros exclusivos, que só podem ser usados por ela e, claro, comprados na livraria da escola exclusivamente. Meu filho quer internet grátis para toda população.  Quer que o mundo seja conectado ao Brasil e vice-versa. Porque ele diz que não há fronteiras para o conhecimento. Sem páginas ou livros.

A escola quer pais abonados, que possam contribuir com a manutenção da escola. Meu filho quer que todos tenham direito a escola boa, gratuita. Meu filho não quer ter filhos. Quer adotar. Porque acredita que pais abonados são os que tem amor de sobra e não dinheiro de sobra.

Meu filho quer construir pontes. A escola quer manter os abismos. Meu filho quer ser feliz, a escola quer mensalidades. Meu filho junta moedas. Aos 13 anos quer ser ‘menor aprendiz’ de uma empresa ‘pública’. Para poder aprender  o que não se ensina nos livros. A escola quer manter-se privada e dentro de capas e páginas.

Se meu filho será um político não sei. Mas se for, será um dos que fazem a diferença. Que provocam mudanças. Que não fogem à luta e se posicionam sobre seus direitos. E não se furtam de seus deveres. Porque eu sou a mãe deste futuro político e não me escondo, não aceito condições não negociadas. Porque vou à frente, buscando o direito que meu filho quer para todos os filhos.

A escola, bem, a escola é como quase todas ou muitas. Não será nunca uma provocadora de quebras de paradigma. E por isso, só por isso, eu já me levantaria e pediria mudanças. Mas, confesso que estou cansando de tantas discussões inócuas e vales sem eco. Talvez mais este ano e a escola seja passado. Estou cansada.

Meu pai, o avô do meu pequeno grande homem, me aconselhou: Filha, nunca é bom brigar com elefantes!! Eu retrucaria, dizendo que não tenho medo. Que não sou covarde. Mas preferi calar porque não sabia e não estava claro quem era o elefante: eu ou a escola. Na dúvida, fico com Diogo Mainardi – eu acredito na força transformadora do amor. Minha manada é muito mais poderosa.

#amor #escola #diogomainardi #crb #direito #politico #mudancas #elefantes

crédito: whynotsee.com

Querer bem e desejar o bem. Qual a diferença?

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A qualquer um que perguntarmos sempre haverá um desapontamento ocorrido. Um amor não tão sincero, um parceiro de negócios não tão confiável, um amigo quase da onça, um chefe quase carrasco. São tantas situações que nos ferem, nos atingem, nos entristecem e, até mesmo, nos enfraquecem que ficamos desgostosos. Com a vida, com o amor, com o trabalho, com amizades.

Eu mesma já passei por tantas. Poderia dizer, dado que o ditado vale, passei por poucas e boas – mas na verdade, o signficado não corresponde às palavras. Afinal, não foram poucas e nem tão boas.

Mas aprendi que para desejar o bem não é preciso querer bem. Pegue, por exemplo, uma situação que tenho certeza que alguém já passou: uma criança pedindo ajuda em um cruzamento. Seguramente você se compadeceu. Pensou com lágrimas no coração que alguém poderia fazer algo para mudar a situação. Desejou profundamente que algum bem fosse feito. Mas dá pra dizer que você quer bem esta criança? Não é possível afirmar. O querer bem é precedido, em geral, de convivência, de atos amorosos, de troca de carinhos. Implica em generosidade de qualquer forma, tamanho e cor. O querer bem é atemporal e não respeita distância. Ele acontece, permanece e ronda constantemente seus pensamentos positivos, sua orações – para qualquer Deus que te escute. É pessoal e intransferível.

Já desejar o bem é impessoal e, novamente, sendo repetitiva, em geral, advem do verbo perdoar. Sim, uma declinação de todos os tempos do verbo perdoar. Ao desejar o bem para a criança no cruzamento, você perdoou a si mesmo. Perdoou a família que permitiu que a criança estivesse lá. Desejar o bem a um ex-amigo é perdoar. Seu ex-amigo e a você mesmo. A ele, por ter feito, e a você por ter permitido. A um ex-chefe, o mesmo princípio.

Desejar o bem, enche. Enche seu caminho de esperança. De que os ‘bons’ são em maior número que os ‘maus’. Que, um dia, Lex Luctor pode mudar. Que os Vingadores poderão, um dia, se tornar os Pacificadores. Enche.

Mas, querer bem, preenche. Preenche vazios da alma. Lacunas de amor. Querer bem é carinho, afeto. É crer que toda Cinderela tem sua fada madrinha, seus ratinhos e pássaros.

Desejar o bem é fé. Querer bem é. E ponto.

#bem #quererbem #carinho #mau #cinderela #fadamadrinha #afeto #obemvenceomal #desejarobem #fazerobem

Foto: gervasioaraujo.com

O que fazer quando a gente não sabe o que fazer?

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Quantas vezes fiquei parada, retesada, lábios cerrados porque não sabia qual o caminho seguir e nem era uma encruzilhada? Quantas vezes pedi sabedoria para reconhecer e o que veio foi uma taquicardia de tanta dúvida? Perdi as contas de noites sem dormir pensando em uma solução sem nem saber o problema direito. Desisti de muitas coisas sem ao menos ter começado.

Aprendi – ou melhor, descobri – que o mais doloroso é o não saber. Porque uma vez descoberto o problema, você consegue administrar – mesmo que administre de forma errada. Não importa. Uma vez escolhido o caminho, você mesmo o faz. Mesmo com pedras e montanhas. Você administra.

Ter pesadelos com o que precisa mudar é muito melhor do que não dormir.

Mas, como achar o problema? Como sair da cegueira? Como caminhar sem matar a alma? Não sei se há uma fórmula mágica. E acredite, não existe processo indolor nem insípido. Tudo é dolorido e tem sabor. Às vezes, amargo, às vezes doce…. Azedo, também! Enfim, sabor de dor…

Eu choro. Choro escondido. Não é um choro aberto. São lágrimas que escorrem sem pudor. Sem controle. Escapam do meus olhos.  Não há soluço. Só lágrima. Choro um dia, dois. Algumas vezes choro uma semana. Perco o ar. Aliás, não o perco – simplesmente, não o acho. Não respiro. O ar não vem. Maldigo a mim mesmo. O computador. O tempo. Desisto. Encosto-me nas paredes do poço e permaneço. Chorando. Sem ar. No escuro.

Não quero companhia. Fico isolada. No poço. Chorando. Sem ar. No escuro. Sozinha.

Daí, aos poucos, o choro vai parando. Falta de lágrimas. De sal. De dúvida. Quem sabe?

Depois, começo a respirar. Pesadamente, ainda. Nada natural. Mas já não acho que não tem solução. Ainda não sei o problema, mas começo a pensar que há solução.  E assim, passo a dividir. Quero alguém ao meu lado. Não é para uma longa conversa. É só companhia. É para olhar para o lado e saber que se tem alguém do teu lado, então o poço não é tão fundo e o seu sombrio é habitável.

Aos poucos, vou abrindo os olhos e o coração. Ainda inchados das lágrimas e pesado de tanto sofrimento. Os olhos e o coração.

Vou enxergando. Cinza. Azul. Vermelho. Vou clareando o escuro da alma. E assim, sobrevivo.

Nem sempre encontro saída. Nem sempre acho uma solução. Mas pelo menos, encontro a coragem de seguir. De descobrir meu problema. E encarar a vida. Com fé! E entenda fé como algo amplo. Pode ser religioso. Pode ser espiritual. Carnal. Tanto, faz. Fé é fé! E não costuma falhar!

#fé #poço #problema #solução #tenhafé

foto: elo7.com.br

Comunicação: a última fronteira

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É um espanto notar, reparar e pensar no quanto os meios de comunicação evoluíram. Venho de um tempo – sim, sou uma pós-balzaquia-pré-menopausa!!! – que telefone fixo em casa era um luxo!!! Anos pagando o carnê até que o aparelho fosse instalado!

Tudo bem, lá se foram 30 anos, mas se pensarmos no ontem ou anteontem? Não falamos mais ao telefone. Nem mesmo ao celular. Comunicamo-nos com mensagens, texto, snaps, instas, inbox, público, mensagem falada (para os preguiçosos!!).

Comunicamo-nos? Acho que não. Comunicar é mais do que falar e escrever. Comunicar é fazer-se entendido. É criar empatia, achar sinergias e conexões entre emissor e receptor.

Como criar empatia em um #hashtag? Como criar conexões e sinergias com Emojis? Como fazer-se entender com siglas que, nem sempre, fazem sentido?

Sou do tempo do telefone fixo discado, sabe? O que não tinha ‘pulse’? Que não era um botão mas quase uma roleta em que seu dedo ia e voltava infinitas vezes? Sou deste tempo! Do tempo em que olhávamos nos olhos para criar conexões, em que falávamos com voz alta e clara para nos fazer entender. Sou do tempo que falar e comunicar eram a mesma coisa. Que comunicar, falar e escrever também eram semelhantes.

Sou do tempo em que para brigar era preciso ‘barraco’ e para fazer as pazes, precisávamos de longos papos, mãos dadas e olhares…

No tempo de hoje – que também é meu tempo – porém o de agora, para brigar basta ter um celular. Você se fecha nele, mergulha na ‘profundeza’ dos aplicativos e aprende a não se importar. E pronto. Barraco digital. E as pazes são mais fáceis: é só usar hashtag eu te amo!!

Gosto deste tempo! O de hashtag agora!

Mas confesso que de vez em quando, queria que as afinidades e discordâncias fossem proferidas e não escritas.

foto: aldeia.biz

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Em nome do Pai e do Filho…

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Desafio qualquer religioso a mostrar onde está escrito, em seus livros sagrados, que matar em nome de Deus é permitido. Seria ultrajante, para os malucos radicais suicidas, descobrir que não há nada sobre matança e o descanso eterno no Torá, no Corão, na Bíblia,…

Então, me desculpem os analistas, esta violência não tem nada de religiosa. Pode até ser a desculpa da hora – a que temos pra hoje!! – mas realmente acreditar que um grupo se organiza, se financia, se arma (com potência), e faz um ataque orquestrado em nome de Deus…. sei não, se for isso mesmo, a ligação deve ser direta – tipo ‘hotline’ com Deus!! Moisés é peixe pequeno!! Que abrir o Mar Vermelho com cajado que nada!! Agora o ‘must’ é fuzil automático e suicídio com bomba potente… Vamos expiar os pecados… se não der do mundo inteiro, pelo menos dos cem ou duzentos que estão nos arredores…

Estamos falando de luta pelo poder. De vencer o outro pelo subjugamento! Não tem nada de ‘sagrado’ nisto!

Falo de cátedra. Vivo num país onde o estado de direito está diretamente ligado a uma arma ou a um suborno! Vivo em um país em que a violência é tão constante, que morrem tantos cem ou duzentos inocentes simplesmente por estarem nos arredores. Vivo num país que esta violência não é terrorismo. Só é violência. Pela injustiça social. Por diferenças irreconciliáveis. Por brigas de torcida. Por falta de educação.Por força e poder. Sem pai, nem filho. Só o espírito de vigança, de medo, de revanche. Nada de Santo!

Sempre penso que as situações se repetem. Volta e meia temos um ‘déjà vu’!! Neste caso não é diferente. Estamos vendo campos de concentração (travestidos de campos de refugiados!!), intolerância de fronteiras (Israel e Palestina), fugitivos de guerra (todos os turcos do mundo!!),….

Vamos rezar por Paris, por Londres, por Berlim, por Beirute, por São Paulo. Vamos rezar pelos mortos e pelos vivos. Vamos rezar pelos perdidos e pelos que foram encontrados.

Vamos rezar pela paz. Porque de onde vejo, os extremistas do Estado Islâmico são os novos ‘Nazies’!

E acreditem, eles estão em todos os lugares. Onde houver uma mente humana doente, há um radical.

Paz. Peace. Amor. Love.

“Não existe um caminho para a paz. A paz é o caminho.” – Gandhi.

#paz #peace #amor #love #prayforparis #violência #terrorismo #nãoaoterrorismo #gandhi #Deus #sagrado

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