Arquivo mensal: julho 2015

Tudo começa com uma grosseria ou termina com uma gentileza?

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Já falei em algum post que sou mãe. Mãe está ótimo. Porque há 10 anos era mãe de um bebê. Há 5, mãe de criança. Hoje, sou mãe de adolescente. Amanhã serei mãe de um jovem adulto. Então, de custo fixo, somente mãe. O resto é custo variável. E não se engane. É custo. Não importa o que digam: se você é mãe ou pai, olhe seu guarda-roupa, seu armário de alimentos. Depois de olhá-los, diga o que, de verdade, você comprou pensando em você ou no universo de pessoas da sua idade? Não chegam a 5%. Então, é custo. É ótimo. É maravilhoso. É indescritível. É de tirar o fôlego esta tal maternidade mas é custo e ponto.

Ao longo da minha vida materna – curta, ainda, mas sei que a maternidade é a eternidade! – sempre fui gentil, educada. Louca, às vezes. Um chinelo que voa aqui, uma porta que bate ali e a sombra do conselho tutelar sempre a espreita…. Mas, quem tem a eternidade em sua porta me diga: quem nunca?

Enfim, embora gentil e educada, me deparei com a grosseria da adolescência. E dá-lhe embate. E nem Minotouro e Minotauro dariam conta dos octógonos e rounds… porque – e de novo, falo da eternidade materna – somente os fortes resistem a rounds e rounds diários. Longos, repetitivos rounds. Longos. Rounds. Diários…. eu já falei repetitivos?

Daí, entra bimestre e sai recuperação, entra lição e sai advertência, entra por favor e sai um não me enche…. resolvi mudar a estratégia. A eternidade dura muito e tenho tempo de sobra para tentar e tentar e tentar… repetitivo, lembra?

Pois bem, tirei os decibéis da conversa. Acrescentei um tom firme e adotei um mantra: tudo começa sempre, invariavelmente, com uma grosseria sua…. Não é que funcionou? Desde então a adolescência está mais ‘madura’ – quase serena. Sem gritos. Sem raios e trovões. Somente o tom firme e o mantra: tudo começa sempre, invariavelmente, com uma grosseria sua… Não sei se foram as novenas todas, as promessas todas, as orações, velas, …. Não sei se foi o mantra. Nem sei, na verdade, se não foi culpa da minha gentileza.

Porque se o mantra pra adolescência grosseira é ‘tudo começa com uma grosseria’, talvez o mantra pras eternamente ranzinzas mães seja: ‘tudo termina, invariavelmente, sempre, com uma gentileza nossa…’ Pra sempre. Funciona.

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foto: produto.mercadolivre.com.br

Ai de ti, Cinderela!

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Se Walt Disney ainda estivesse vivo, as histórias seriam bem diferentes. Digo, claro, se ele considerasse minha vida como referência.

Eu sei que todo mundo, quando criança, dançou segurando a vassoura esperando o príncipe encantado. Ou mesmo uma fada madrinha. E tentou falar com os passarinhos.

Anões, então, nem se fala. Quantas vezes imaginamos que os anões da Branca de Neve eram emprestados para a “Fábrica de Chocolate”? E que todos os anões que, eventualmente cruzávamos na rua, eram Dunga ou Feliz? Sempre.

Neta de costureira, tive todos os vestidos de princesas. Adorava todos. Rodados, com babados. Com luvas e tiaras. Tinha, ao meu dispor, Cinderelas, Gatas Borralheiras, Auroras, …. Era abrir o guarda-roupa e a imaginação.

Mas, não imaginei que as histórias que povoavam minha infância, nem de longe estariam perto do que um verdadeiro conto de fadas deve representar.

Pois se Walt Disney estivesse vivo, a história começaria com casais felizes – como eu e meu amado. Parceiros. Companheiros. Sem palácios, mas com coração imenso. Continuaria com nossa vida, tranquila e sossegada. Recheada de risos. Teria como foco principal, os filhos, o meu e os dele, os nossos. O quanto nos alegra vê-los crescer com saúde. E amigos.

E terminaria com a emoção de, mesmo sem precisar, ser chamada de boa-drasta! Porque, como diz minha pequena princesa, não é só a biologia que faz uma mãe. O coração também!

Se Walt Disney fosse vivo….. ai de ti, Cinderela!

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foto: cinema10.com.br

Quando a bandeira não colore a alma

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Tenho mantido relativa distância das polêmicas das mídias sociais. São todas muito cansativas, pobretonas…

Mas me deparei com várias hordas enfurecidas. É um tal de Malafaia pra lá, Boechat pra cá… Zeca Camargo prum lado, Cristiano Araújo pro outro. Um tal de #hashtag pra cima e pra baixo…

Confesso que sou intolerante com algumas coisas. Não tolero gente burra, ignorante – mas atenção, não confunda ignorância com analfabetismo!! São totalmente diferentes.

Tenho intolerância a maldade. A gente que pinta a cara por justiça e para no lugar de idoso no shopping… o mesmo shopping que a pessoa vai andar, passear por horas… Sou intolerante a gente que acha que perder um filho é bem feito quando o filho é criminoso e, lógico, quando não é o seu. Sou intolerante com quem acha que roubar e fazer, pode.Sou intolerante com quem não rouba e que, por isso, acha que não deve fazer!! Enfim, sou um poço de intolerância. Mas intolerância e falta de educação são diferentes. Sou educada. Respeito opiniões contrárias. Procuro bons debates. Entendo ‘escolas’ ideológicas diferentes. Não xingo. Não blasfemo. Não incito. Não saio batendo. Brigando. Não invado páginas e ofendo.

Não sei se somos todos Maju. Não por preconceito, entenda. Prefiro pensar nas individualidades. No respeito de Maju ser Maju e Alessandra ser Alessandra! É muito díficil? Não penso que seja.

De toda forma, movimentos como  ‘somos todos Maju’, ‘quem é Zeca Camargo?’, ‘uma rola para Malafaia’ só mostram o seguinte: façam o que fizerem, colorir a foto com a bandeira do arco-íris nem sempre é garantia de colorir a alma.

#almaemluto #somostodos #nãosomostodos #zecacamargo #maju #hashtag #bandeiranãocoloreaalma

crédito: pt.depositphotos.com

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